9.b.1. Teoria de Lamarck
Doutrina evolucionista exposta pelo francês Lamarck, em 1809, na sua Obra Filosofia Zoológica.
A evolução das espécies estaria na seguinte sequência de fatos:
- As mudanças ambientais originam novas necessidades.
- Estas determinam o uso ou desuso de uns ou outros órgãos.
- Tais órgãos desenvolvem-se ou atrofiam, respectivamente.
- Os caracteres assim adquiridos são hereditários.
Esta teoria era, portanto, também uma teoria sobre a origem do homem.
A costuma condensar-se na frase: a função cria o órgão e a herança fixa a mudança nos descendentes. Consequentemente, a origem do homem seria o pensamento dos macacos.
O exemplo típico que se coloca para explicar a teoria de Lamarck é a evolução do pescoço da girafa devido ao esforço de comer folhas das árvores.
Uma análise crítica da teoria de Lamarck encontra-se no título III.
9.b.2. Teoria de Darwin da seleção natural
Teoria biológica da seleção natural exposta pelo naturalista inglês Charles Robert Darwin na sua obra fundamental A Origem das Espécies, em 1859.
Em relação à doutrina evolucionista de Lamarck, Darwin propôs como motor básico da evolução a seleção natural que se poderia resumir nos seguintes pontos:
- Os indivíduos apresentam variações.
- A escassez de alimentos obriga-os a lutar pela existência.
- Os indivíduos dotados de variações vantajosas têm mais probabilidades de alcançar o estado adulto, reproduzir-se e legar as referidas variações à sua descendência.
Do ponto de vista da filosofia, a teoria da seleção natural de Darwin baseia-se na corrente denominada emergentismo.
Posteriormente, Darwin acrescentou na sua obra A Origem do Homem e a Seleção Sexual (1871) um novo fator, a seleção sexual, mediante a qual as fêmeas ou os machos escolhem como casal os que apresentam qualidades mais atrativas.
Consequentemente, as variações genéticas ou genes são mutações aleatórias; supostamente, seu caráter não é dirigido.
Uma análise crítica da Teoria de Darwin encontra-se no título III.