MOLWICK

Genes ligados ao sexo

Os genes da inteligência parecem concentrar-se num único cromossoma de cada sexo. Uma abordagem à família da herança da inteligência e do cromossoma distinto do sexo.

Capa do livro O Estudo EDI. Crepúsculo sobre o mar com nuvens, Galiza.

 

EVOLUÇÃO E DESENHO DA INTELIGÊNCIA

O ESTUDO EDI

Autor: José Tiberius

 

 

8. Cromossomas e genes da inteligência ligados ao sexo

O Modelo Global consolidou e melhorou os bons resultados do Modelo Social tanto em relação à transmissão da inteligência de uma geração a outra como em relação à existência do método LoVeInf na referida transmissão e a conseguinte concentração dos genes da inteligência num cromossoma.

Também teve êxito na confirmação da capacidade da Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida – ECV para gerar ou criar conjuntos de coeficientes de inteligência W ° que se comportem como os naturais, o que para além disso indica que os genes estão num cromossoma ligado ao sexo.

Neste apartado incluem-se, por um lado, os gráficos de correlação múltipla do Modelo Global sobre o ajuste da evolução com incrementos dos coeficientes de inteligência das mães e sobre o ajuste com a hipótese de seleção sexual; ambas já explicadas e utilizadas anteriormente para a representação do Modelo Globus ou Super Modelo Globus respectivamente.

Por outro lado, assinalam-se algumas curiosidades importantes para um melhor entendimento do modelo real biológico e deste tipo de gráficos de correlação e regressão múltipla com mais análises de casos particulares que permitam ter uma ideia da importância dos genes e cromossomas ligados ao sexo com uma abordagem à família em relação ao coeficiente intelectual.

 
ABORDAGEM À FAMÍLIA
(Quociente de inteligência)
Gráficos Relação de família Observações
q571°
q572°
Evolução de QI de Mães Ajuste para Modelo Globus
q581 Relação entre os Filhos F Gêmeos idênticos
q582° Irmãos ou gêmeos dizigóticos
q583°
q584°
Clones Replica q553 °
Clones Replica q556 °
(1 Mães q585)  
(2 Mães q586°)
Progenitores Critério de ordenação M e evolução
(3 Pais q587)
(4 Pais q588°)
Critério de ordenação P e evolução
q589° Seleção sexual– Casais Sem seleção (q563°)
Preparação Súper Modelo Globus
 

8.a) Análise de sensibilidade do modelo estatístico à variação dos parâmetros de evolução interna

O modelo teórico da Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida assinala-nos que existe evolução, que efetivamente o meio ambiente influencia, mas de uma forma geral, ou seja, a capacidade incrementa-se ao longo da vida e transmite-se à descendência através de genes e cromossomas ligados ao sexo.

Também indica que a evolução interna só se produzirá nos genes masculinos que são os que se renovam constantemente na natureza. Lamento, mas a ECV, em consonância com o que me ensinaram na minha adolescência, recorda que os óvulos estão fixos desde idades muito prematuras das meninas.

O método utilizado foi incluir no modelo primeiro unicamente a evolução dos cromossomas e genes femininos e compará-los com os resultados obtidos sem evolução e com evolução exclusiva dos cromossomas e genes masculinos. O gráfico de correlação e regressão múltipla do Modelo Globus que inclui visualmente estes valores fala por si mesmo e pode ver-se nos seguintes gráficos q573° y q576°

A ECV, teoria subjacente a esta análise, explica em detalhe a argumentação básica que, a meu ver, anula qualquer interpretação sexista dos resultados, dada a diferente função biológica do homem e da mulher.

 
 

8.b) A inteligência em gêmeos, irmãos e clones

A simulação do comportamento das variáveis de QI geradas por computador permite o desenho de variações do modelo sem necessidade de dispor de uma amostra adicional. Este aspecto é importante visto que os dados fonte deste modelo são muito caros de obter com a devida garantia.

Um exemplo de aplicação pode ser analisar como pode variar a inteligência relacional nos irmãos, visto que podemos obter muitos vetores para cada família (dos mesmos pais e mães). Esta variabilidade genética da inteligência poderia contrastar-se então com a observada entre os irmãos na realidade e confirmar a hipótese sobre o comportamento dos genes e cromossomas da inteligência e se estão ligados ao sexo ou não.

Por exemplo, pode fixar-se uma combinação genética mendeliana de forma a que os vetores de coeficientes de inteligência obtidos se podem considerar como de gêmeos. Ou seja, as possibilidades de simulação são bastante amplas.

  • Gêmeos idênticos.

    A semelhança das variáveis H no gráfico q581 pode interpretar-se no sentido de que os coeficientes intelectuais poderiam corresponder a gêmeos idênticos de uma família enquanto que a W seria só um irmão normal já que se gerou com os dados dos mesmos pais e mães.

    Este comportamento repete-se várias vezes quando o critério de ordenação é uma das variáveis H ou dos filhos das famílias.

  • Irmãos ou gêmeos dizigóticos.

    No caso mostrado no gráfico q582° o critério estatístico de ordenação é W e o comportamento é algo diferente, parece que as quatro variáveis de coeficiente intelectual correspondem a gêmeos idênticos de uma mesma família. Não obstante convém assinalar que se trata de um caso particular.

  • Clones.

    Um exemplo de aplicação pode ser o de que os distintos testes de inteligência recolhem diferentes tipos das funções do cérebro humano que compõem a inteligência relacional.

    Os gráficos de correlação e regressão múltipla q183° e q184° mostram com clareza como W pode assemelhar-se a uma ou outra variável H em função das aleatoriedades implicadas da combinação genética mendeliana de cromossomas de ambos os sexos. O comentário entender-se-á perfeitamente se se comparam com as imagens q153 e q156 respectivamente.

    Na realidade, sabemos que todas as variáveis H correspondem a u gêmeo monozigótico monomeioambiental, parece que H é muito engraçado! Enquanto que W será só um irmão e, por isso, às vezes parecer-se-á e outras não tanto.

    Não é complicado imaginar alguns estudos interessantes sobre estas características tão peculiares dos genes e cromossomas da inteligência ligados ao sexo com uma abordagem à família do coeficiente de inteligência.

 
 
 

8.c) Comportamento assimétrico dos vetores M das mães e P dos pais

Agora vamos observar o comportamento em relação a R das mesmas variáveis centradas, por se considerarem mais precisas, ao ordenar o modelo de outras duas formas especiais, ou seja, M e P, tanto sem evolução como com evolução.

As correlações obtidas são bastante baixas porque M e P não são muito bons como critérios de ordenação e baixam ainda mais ao introduzir a evolução.

O interessante é observar as diferenças entre as duas variáveis dos progenitores. P é melhor critério de ordenação que M e a sua correlação com R também é maior. No entanto, com evolução a correlação de P com baixa e a de M sobe.

Independentemente da quantidade, aquilo em que se diferenciam e ao mesmo tempo se assemelham, é que parece que as curvas desenhadas numas e noutras imagens se estão a ver ao espelho.

Outra curiosidade é a diferença de comportamento de W e a variação do mesmo que mostram as imagens relativas aos progenitores M e P como critérios estatísticos de ordenação.

 
 

8.d) A inteligência na seleção sexual ou de marido/mulher

Pela relevância do tema, resume-se aqui a hipótese confirmada sobre a seleção sexual e a inteligência. Acrescentar também que se não fosse pelo comportamento de concentração dos genes e cromossomas ligados ao sexo e à inteligência a hipótese de seleção sexual não tinha sido validada experimentalmente.

Polline in fiore con petali rossi.
(Imagem de domínio público)

Refletindo sobre a possibilidade de estabelecer alguma hipótese adicional ao nosso modelo que melhore o seu ajuste e, ao mesmo tempo, seja confirmada, ocorreu-me experimentar a ideia da relevância da diferença de inteligência entre o pai e a mãe como condicionamento para a efetiva aceitação inicial da configuração do casal.

Para ser breve, a hipótese adicional introduzida no modelo será a de estabelecer como limite da diferença em inteligência a de que o gene mais potente de um membro do casal há-de ser no mínimo tão potente como o menos potente do outro membro e vice-versa.

Convém ter em conta que na geração dos novos valores unicamente dez dos setenta QI da função R°° foram afetados em mais de um ou dois por cento do seu valor. O vetor W ° ° também se vê afetado pela nova condição imposta sobre a seleção de casa.

O modelo melhora alguma coisa com as variáveis individuais, mas o efeito nota-se muito mais com as variáveis centradas. O ICMG, com o critério de ordenação * M1P1°, passa de 15,61 a 17 e o máximo de 0.89 a 0,97 para a função objetivo R°°  (ver gráfico q563)

Para a função objetivo M & P o ICMG situa-se em 17,62 quando antes estava em 17,77 e o máximo sobe também de 0,89 a 0,97. Como quase sempre, os valores máximos de correspondem à variável X6 ou média de 6 variáveis dos filhos.

O gráfico de correlação e regressão múltipla do Super Modelo Globus que inclui visualmente estes valores é certamente impressionante e pode ver-se no gráfico q577°